É incrível como o ser humano tende a inventar, criar, imaginar, desde o principio de tudo já era assim, e isso não mudou, mas falo mais sobre isso em outro post.
Teve um tempo em minha vida, ainda quando criança, minha mãe, tias e vizinhas se reuniam a noite na calçada de nossa casa, juntos com todos os filhos, eram aquela criançada e aquela farra, e para acalmar estas crianças, ficavam muitas vezes inventando historias de mula sem cabeça, do homem do saco que pegava as crianças, nossa isso fazia com que nós (as crianças), ficássemos mudas, em silencio e totalmente quietinhas de tanto medo que ficávamos desses “bichos ou monstros”.
E hoje infelizmente no meio evangélico, ainda se usa dessa estratégia para acalmar as “criancinhas” do templo.
Os lideres, pastores ou os que usam os púlpitos, não cansam de divulgar, o tal “deus monstro”, que esta muito a fim de dar uma lição naqueles que não obedecem, que esta muito preocupado em quantas vezes vou à igreja, que quer saber o quanto vou dar de oferta ou se vou dar o dizimo, para soltar ou não o bicho devorador.
Falando de minha infância, estou lembrando aqui, que até na escolinha dominical, me ensinaram uma canção que dizia assim: Cuidado olhinho no que vê...cuidado mãozinha no que pega....o “salvador do céu” está olhando pra você...cuidado...
Nossa me lembro que ficava pensando no tamanho do olho de Deus, que olhão é este, olhando pra mim uma criança....e isto me apavorava.
E esse mesmo sentimento, vivi por muito tempo, pensando que esse “deus monstro” que me ensinaram, era realmente o deus que desejava pra mim. Descobri que não, prefiro crer no Deus esvaziado em Cristo Jesus, o Deus em forma de servo, o Deus que se relaciona comigo, se relaciona não com sua força ou seu poder, se relaciona não com sua imposição de autoridade soberana, mas um Deus esvaziado que se relaciona comigo dando um passo atrás, para que eu possa exercer minha liberdade de existir com Ele ou contra Ele.
Um Deus esvaziado, como o pai na parábola do filho prodigo, o pai não fez questionamentos a esse filho prodigo. Não esperou ele primeiro explicar-se dos seus erros. Não esperou o filho primeiro demonstrar arrependimento de seus pecados, erros e ingratidões. Não foi necessário submetê-lo a humilhação. Não foi necessário puni-lo. O pai não quis abraçar o filho arrependido. O pai não quis abraçar o filho caso ele demonstrasse arrependimento. O pai abraçou o filho PARA o arrependimento.
Enfim, termino reafirmando, prefiro o Deus esvaziado, a esse “deus monstro” inventado por quem deseja domar crianças, porque o Deus esvaziado é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Amém.
Olavo
2 comentários
Graça e paz amado!
Bela reflexão.
Quem de nós não conheceu o deus monstro um dia? Aquele que joga no inferno sem fazer perguntas. Assassino de mullheres que cortaram o cabelo e usaram maquiagens. Aniquilou aqueles que um dia usou barba, usou bermuda, discordou do pastor, e outras coisas mais consideradas bizarras.
Quantos morreram deentro da igreja, porém desviados dos caminhos suaves que Jesus preparou. Porque o medo os mantiveram na igreja, mas não na presença do verdadeiro Deus.
Em Cristo,
Luciano Vieira
Posted on 20 de junho de 2010 às 18:27
Oi meu irmão!
Caí aqui no seu blog por um comentário que você fez no blog da Adriana... e já gostei. Vi também que você curte "um som", muito bom, muito bom!
Quanto aos monstros da infância, lembra "da loira" morta que ficava no banheiro das escolas toda vestida de branco, com algodão no nariz????
Afff, me pelava de medo de ir no banheiro, rsrs
Muito bom texto, vou fuçar seu blog aos poucos, pois gostei do que já conegui ver!
Estou te seguindo!
Abraço,
JC
Posted on 25 de junho de 2010 às 12:20
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