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Não quero envelhecer!

Nos últimos tempos, tenho aprendido a escrever e a gostar de escrever, muitas vezes até escrevendo sem saber o que escrever, só Freud explica....risos...
An ordered list

ENCONTRO NO CAMINHO

UM ENCONTRO ONDE SOMOS CONVIDADOS A SEGUIR O EXEMPLO DE JESUS, INCLUINDO OS EXCLUIDOS, OS FRACOS E VULNERAVÉIS, A CONFRONTAR A HIPOCRISIA E A GANÂNCIA, E A OBEDECER O MAIOR DE TODOS OS MANDAMENTOS AMAR O PRÓXIMO COMO A NOS MESMOS.
Encontro no caminho

ERA UMA IGREJA MUITO ENGRAÇADA...



...não tinha teto, não tinha nada.

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...

Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.

Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

por: Tonho [foi coordenador do UG -Min. Jovem do Portas Abertas]
texto e foto retirados do blog http://pavablog.blogspot.com/


Olavo
28 de dez. de 2009

NATAL TODO DIA - ROUPA NOVA

23 de dez. de 2009

TODAS ELAS JUNTAS NUM SÓ SER...

21 de dez. de 2009

DEUS IMERSO NO HUMANO



Por Ricardo Gondim


Quem é Deus? Por que existe algo ao invés de nada? Estupefatos, contemplamos o céu estrelado, a fúria das marés e inquirimos: Por que a beleza? Diante da mente humana, buscamos entender como nasceu amor e ódio, criatividade e maldade. Onde está Deus? Podemos entender a transcendência absoluta?


A cultura semítica, de onde Jesus formulou os seus conceitos, não especulava, mas se contentava em relacionar-se com Deus como Pai. Judeu nômade, profeta ou sacerdote, não esboçava cartilha para entender a Divindade. Javé não era objeto de estudo, não participava de uma elaboração lógica, dedutiva, que procurava captar mentalmente o ser divino. Na tradição judaica, Deus era crido na dimensão existencial e poética. Eles se contentavam em narrar os atos de Deus na história, na imanência. Não havia preocupação de encaixá-lo em uma racionalidade analógica e dedutiva.


Quando o cristianismo primitivo precisou dialogar com o mundo greco-romano, os Pais da Igreja, geração que sucedeu os apóstolos, mostraram-se cuidadosos em demonstrar que a fé cristã era mais que uma seita judaica. Eles lutavam para que o cristianismo sobrevivesse em um mundo que debatia ideias. A fé, confrontada com o pensamento platônico, não deixaria nada a desejar.


Vários pressupostos filosóficos sobre a Divindade foram então absorvidos pelo cristianismo. Assim como cristianismo influenciou de forma decisiva o Ocidente, o Ocidente também o transformou. A teologia que se consolidou passou a repetir o conceito aristotélico de que a divindade é um “Motor imóvel”. Já que perfeição significava imobilidade na filosofia, Deus era concebido como tão absolutamente perfeito, que nunca poderia experimentar qualquer mudança. Caso mudasse, deixava de ser Deus. Qualquer alteração, para pior ou para melhor, significava não ter, anteriormente, a perfeição absoluta. E um Deus que não fosse perfeito não era Deus.


Quando o cristianismo se espalhou, inúmeros deuses povoavam o mundo antigo - o Panteão estava lotado deles. Ninguém franzia a testa se escutasse sobre a Encarnação. Não espantava acreditar que Deus encarnou e foi visto caminhando pelas estradas poeirentas da Palestina. A dificuldade, a loucura, era afirmar que um contador de histórias, um carpinteiro frágil, manso e amigo de gente imperfeita, era Deus e, pior, havia morrido por mãos humanas.


Isso não era só um paradoxo, mas uma insanidade: Como? Deus morrer? A morte de Jesus, não só demolia o edifício conceitual da filosofia, como se colocava como a contradição mais escandalosa. Essa mensagem correu o mundo. O Transcendente absoluto, o Deus dos deuses, podia ser melhor compreendido olhando para Jesus de Nazaré. As conjecturas gregas não colavam nele. O Filho do Homem não tangenciava Movedor imóvel de Aristóteles.


É preciso retomar a ênfase do cristianismo primitivo. Jesus não se parece com Deus como “Ato Puro”. Em Cristo, Deus não é apático e não está preso pela camisa de força da metafísica. A Divindade se fez gente e mostrou-se comovida de “viscerais afetos” por uma viúva a caminho de enterrar o filho. Chorou diante da sepultura de um amigo (Ah, como a dor humana dói em Deus! – “Em toda a angústia deles, foi ele angustiado” – Isaías 63.9). Irritou-se com a opressão religiosa. Entendeu, e acolheu, as lágrimas de uma prostituta.


Realmente Jesus não se parecia com o que fora dito sobre Deus. A pregação cristã nasceu em cultura distinta da helênica. O Reino que Jesus anunciou não encontrava paralelo na cultura, nos mitos, nas tragédias. O Deus de Jesus estava além do alcance de poderosos e sábios; mas podia ser intuído por puros de coração, crianças e marginalizados. Para detectar réstias do mundo espiritual, era preciso ouvir o inaudível, ver o imperceptível, tocar no intangível. Grãos de mostarda, ovelhas indefesas, gente inoperante, escravos inúteis, pecadores indignos, filhos pródigos, prostitutas, leprosos, cegos, mendigos, exorcistas informais, lírios e pardais, compunham o mosaico que revela Deus.


Jesus não se fantasiou, não encarnou por um breve período, mas assumiu a contingência humana com todas as consequências, inclusive a de morrer. Exageradamente humano, libertou homens e mulheres da exigência de se tornarem deuses - A plenitude da Divindade habitou em Jesus de Nazaré. Deus mostrou-se imerso no humano. Não era preciso procurá-lo na trans-história, no sobrenatural, mas na vida. “O Reino de Deus chegou!” Jesus foi a revelação mais próxima que jamais teremos de Deus, que escolheu vulnerabilizar-se em seu amor.


Outras divindades podem ser descartadas como ídolos.


Soli Deo Gloria

7 de dez. de 2009

POR FAVOR NÃO ALIMENTE OS ANIMAIS





Por Marcio de Souza

Chega de dar dinheiro para os mercadores da fé. Não dê mais um tostão. Nada... nem dízimo, nem nada. Vou te dar alguns motivos para que você pare de alimentar os animais.

1- Com seu dinheiro suado, Malacheia comprou um espaço monstruoso onde realizou seu "sonho" de ter um mega telemarketing para sua rede de inutilidades. Valor apenas do terreno R$4.500.000,00.
2- Com a oferta da viúva pobre o missionário da graça comprou um avião de R$8.600.000,00.
3- Com a aposentadoria e pensão dos idosos, Pedir Maiscedo comprou recentemente uma mansão avaliada em R$6.000.000,00, fora a sua humilde rede de tv, e outros negócios que oficialmente não lhe pertencem.
4- Contando com a cegueira dos seus "nobres" o Paióstulo quer construir um templo megalomaníaco que custará uma pequena bagatela de R$8.000.000,00
5- Com a grana que você trabalhador honesto coloca no gasofilácio desses impostores, eles patrocinam seus luxos, comem nos melhores restaurantes, viajam o mundo inteiro, andam nos mlhores carros e tem as maiores contas bancárias, enquanto o povo que frequenta a igreja deles chafurda a cara na lama e gente aqui fora que precisa de auxílio, morre de fome ou come lixo pra sobreviver.

Não oferte mais para esse caras, eles não prestam pra administrar seu dinheiro. Procure uma missão idônea, uma igreja séria, uma obra social e invista sua generosidade nisso. O apelo não é para que você pare de dar, mas para que você canalize seu recurso para o lugar certo.

Seja lá como for, eu lanço hoje aqui a campanha "Por favor não alimente os animais" que visa secar a fonte desses inescrupulosos ratos de igreja. Venha aderir a campanha, multiplique esse post a vontade, de RT nele, poste no seu blog. O importante é que você possa contribuir para pelo menos diminuir em alguns milhares de reais o patrimônio desses descarados.

E no mais, tudo na mais santa paz!

30 de nov. de 2009

O REINO DOS EXCLUIDOS



Por Marcio Alves

Durante muito tempo, interpretei o sermão da montanha, mais precisamente, as bem-aventuranças como virtudes para se alcançar nesta vida.

Lia com as lentes que me eram dadas, pelos doutores da teologia.

Encarava as beatitudes – assim também chamadas – como regras, preceitos, normas e comportamentos descritos para qualquer cristão que quisesse, entrar no Reino dos céus.

Como por exemplo, o celebre John stott que disse:
“As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e diversificado do povo cristão...”
“....As bem-aventuranças são especificações dadas pelo próprio Cristo quanto ao que cada cristão deveria ser.”

Martyn Lloyd Jones interpretando “os pobres de espírito” das bem-aventuranças diz:
“Necessariamente, essa (pobre de espírito) é a primeira das bem-aventuranças devido à excelente razão que ninguém pode entrar no reino de Deus a menos que seja possuidor desta qualidade.”

Enfim, centenas de outras interpretações do cristianismo histórico, seguem a mesma linha de coerência.
Ou seja, não há duvidas sobre as bem-aventuranças, é algo homogêneo e unânime na cristandade.

Só tem um problema, é que eu decidi não mais ler as escrituras com as lentes que me são dadas.

Mas sim, pensar livremente.

Hoje, já não mais concordo com essas interpretações históricas – digo isto, com muito respeito aos grandes vultos do cristianismo, que prestaram o grande favor ao Reino de Deus.

Eis algumas razões:

1- Contexto gramatical.
Quem disse que o sermão da montanha começa no capítulo cinco de Mateus?
A bíblia originalmente, não possui divisões de capítulos e versículos.
Foi o Prof. Stephen Langton que, no ano de 1227 dC a dividiu em capítulos, para facilitar a sua leitura e localização.
Já os versículos, foram organizados, no ano de 1551 dc, pelo Sr. Robert Stephanus

Fazendo uma acurada e minuciosa investigação, o texto do sermão da montanha, não começa no capítulo cinco, mas provavelmente no capitulo quatro e versículo vinte e três, que diz:

“E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os paralíticos, e ele os curava.

E seguia-o uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia, e de além do Jordão.” (Mt 4 v 23 – 25)


2- Contexto Histórico.
Dizem os historiadores que, na época de Jesus, o povo pobre era massacrado e oprimido pelo império Romano.
As pessoas as quais, Jesus se dirige, são indefesos, injustiçados e perseguidos.

Portanto, ouso re-interpretar o sermão da montanha, dizendo:

Pobres de espírito:
Não são – como gostaríamos que fossem – nós, humildes espirituais.
Mas sim, pessoas desprovidas de inteligência, pobres materiais que vivem mendigando para sobreviver.

Os que choram:
Não são aqueles sensíveis espirituais, dependentes de Deus, mas antes, os oprimidos que choram pelas injustiças e dramas humanos.

Os mansos:
Não são os que têm o temperamento controlado pelo Espírito Santo, mas antes, os dominados pelos sistemas de poder, que são esmagados. Que não conseguem reagir, não tem forças para lutar e reverter a situação.

Os que têm fome e sede de Justiça:
Não somos nós, pessoas boas que sofrem – ou pelo menos tenta sofrer – a dor do outro, mas antes, os que sofreram injustiças nesta vida. Por exemplo, a mãe que perdeu seu filho, o desgraçado na África, que não tem o que comer em um mundo de Bilionários, os doentes terminais que mal são atendidos nos hospitais.

Misericordiosos:
São pessoas que ajudam as outras naquilo que ela mesma perdeu (sofreu).
São pessoas miseráveis que tem um coração (daí a expressão, “miseri” + “cordia”) generoso para com os desgraçados.

Limpos de coração:
Não são pessoas santas, seguindo um padrão de perfeição moral que é ditado em formas de regras pela igreja.
Mas antes, as pessoas ingênuas, bobas e simples que, muitas vezes são facilmente enganadas e passadas para trás.

Pacificadores:
São os que desejam a paz, odeia as brigas e guerras.

Os que sofrem perseguições:
Enfim, o sofrer perseguição, resume bem as bem aventuranças.

Pensem comigo.........Quem são os pobres de espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, misericordiosos, limpos de coração, pacificadores, os que sofrem perseguições, descritos por Jesus?

Quem no mundo que vivemos, sofre mais o drama humano?

A grande boa nova deste texto é que:

“Essas descrições da bem aventurança, não são de virtudes que devemos almejar ou alcançar, mas de pessoas que foram esmagadas pela vida.

Essas pessoas não são do Reino de Deus por serem assim, mas apesar de serem assim.
Ninguém precisa desejar sofrer, como se houvesse virtude no sofrimento, mas apesar de sofrerem são amadas por Deus e bem vindas no seu Reino.”

Por isso é que Jesus disse:
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça” (Mt 6 v 33)

Buscar o Reino, não é programações da igreja:

Evangelizar (leia-se, fazer proselitismo), dar dízimos e ofertas, participar de campanhas, trabalhar na “obra”, ter cargos ministeriais – ou seja, ativismo religioso, não é a essência do Reino.

Mas pasmem – os evangélicos mais conservadores – o Reino de Deus é feito por, de e para as pessoas.

Buscar o Reino é ajudar o oprimido e necessitado.
Que tem que ser acompanhado por justiça.
Pois não há paz, sem justiça.

Justiça!
Essa é a prioridade do Reino de Deus.

Aliás, não somente o Reino de Deus é um reino de pessoas, mas o próprio Rei deste Reino é visto nas pessoas pobres e oprimidas.

“E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mt 25 v 40)

Pois a religião de Jesus, não é confessional – como bem expressou o Gresder: “Não são palavras mágicas na hora de morrer, não são senhas bíblicas e evangélicas que a pessoa fala com a boca.” – mas de praticidade:

Religião dos evangélicos (confessional):
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus” (Mt 7 v 21)


Religião de Jesus (prática):
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica” (Mt 7 v 24)

“Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” (Mt 7 v 12)


Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

24 de nov. de 2009

SIMPLESMENTE EU...




Há dias em que me pego pensando sobre minha fé, meu jeito de viver e encarar a vida, meus amigos, minha família, o que já vivi e o que espero viver, enfim o todo...e isso tudo se embola em minha mente, e ai corro pra ler e ler (vicio declarado, tenho outros e como tenho... não sou nenhum puritano...) pra ver se encontro alguma definição para isso. Acho alguma coisa, mas nada que me satisfaça completamente as minhas inquietações, mas já fico feliz com o que encontrei e agradeço a Deus por aqueles que escreveram o poema ou a reflexão.

Mas tenho entendido, ou pelo menos estou tentando compreender, que algumas coisas em mim, nunca terão respostas suficientemente satisfatórias no sentido de zerar minhas inquietações, coisas que não sou único a te-las, prova disso é que o Apóstolo Paulo pede para o Senhor, tirar o tal espinho na carne que ele tinha, e a resposta do Senhor, foi no mínimo para gerar outras inquietações, dizendo a ele: Minha graça te basta... palavra essa que até nos dias de hoje, tem muita gente se remoendo com isso.

Gostaria de ser um cara todo resolvido como pai, marido, empresário (esse aqui vou te falar uma coisa...risos), amigo, ser humano, minha fé (no sentido de me ajustar a que modelo de fé), só consigo estar resolvido em uma coisa em Jesus Cristo, como diz Dostoievski "Se alguém me provasse que Cristo não estava na verdade [...] então eu preferiria permanecer com Cristo a permanecer com a verdade".

Não sou ingênuo de pensar que, somente estar resolvido em minha fé em Cristo, todas as outras coisas estarão resolvidas, como diz um grande amigo que tenho “passei dessa fase...”, hoje compreendo que tenho por minhas próprias pernas, caminhar no sentido de me resolver, de achar respostas as minhas inquietações, de procurar dentro de mim o que não pode ser encontrado fora de mim.

Já teve um tempo, em que procurei nas igrejas, púlbitos, em ofertas, em ministérios, em anos proféticos, e tudo o que você imaginar de “evangeliquez”, eu já provei, para encontrar as tais respostas, tudo em vão, longos anos perdidos na doce ilusão que encontraria.

Sabe isso me faz lembrar que vivi, aquelas histórias de criança, o pirata com o mapa do tesouro na mão, em que indo para tal ilha, chegando lá dando setenta passos em direção a montanha, quando encontrar o coqueiro, dois passos a direita, chegando em uma pedra...o mapa está rasgado precisando da outra metade para chegar ao tesouro...Ou seja nunca vou chegar a lugar algum.

Prefiro viver hoje com minhas inquietações, perguntas, até porque é mais barato (tenho sangue de turco) do que viver do jeito que vivia, pagando muito caro para não ter resposta alguma.
E quando falo pagando caro, não é só dinheiro, é vida como todo.

Hoje sou um homem que tenta todos os dias...
Ser um pai melhor, por isso minhas filhas tenham paciência com o papai aqui...
Ser um marido melhor, minha esposa, minha vida, você sim se supera todos os dias, te amo pra sempre...
Ser um filho melhor, meu pai e minha mamãe perdoem esse filhão aqui...
Ser um irmão melhor, meus irmãos temos muito a aprender uns com os outros...
Ser um amigo melhor, nossa quantos verdadeiros amigos...

Esse homem sou eu... tropego neste caminho, hora em pé, hora tropeçando, mas agora certo de que caminho, não sob a tutela ou direção (a tal cobertura espiritual) de um louco que se diz: profeta, apostolo ou sob qualquer outro titulo, caminho no caminho que é Jesus e com a única certeza que tenho, quero me distanciar não das pessoas, mas de toda religião ou religiosidade.

E quem sabe um dia todas as minhas inquietações terão suas respostas...ou quem sabe é para que eu viva, com a mesma resposta que o apostolo Paulo teve....

A minha graça te basta...

E eu digo: amém Senhor!

Olavo Jr
19 de nov. de 2009

PARO OU NÃO????



Vez ou outra recebo e-mails, de pessoas que ao analizar os meus textos que posto aqui no blog, me pedem para não publicar mais nada por aqui, porque não falo e inspiro as pessoas irem a “i”greja, não falo para as pessoas fazerem campanhas de oração, não falo para entregarem seus dizinhos e ofertas, não falo para respeitarem os pseudos “apóstolos”, não falo para desejarem alcançarem postos, funções dentro das “i”grejas, não falo para acreditarem nestes loucos que dizem pregar o evangelho, aliás que evangelho? Com certeza não é o de Cristo.


Já tentaram me convencer que estou errado, e que deveria sim me arrepender e mais voltar quem sabe a ser quem eu era.


Então para aqueles que ainda acreditavam que este aqui que vos escreve, vai apoiar, vai se juntar a essa corja de gente que só sabe enganar, manipular, que este que vos escreve vai voltar ao sistema religioso perverso, a institucionalização da fé, vai voltar a ser quem era, podem tirar o cavalinho da chuva, porque como já disse em outro post “não volto mais” e jamais apoiarei ou colocarei neste blog alguma coisa que seja contrário ao verdadeiro evangelho de Cristo.


Por isso que falo sem medo de errar, “não mais sou evangélico, graças a Deus”. Porque ser evangélico, é ser comparado com essa “coisa”, esse monstro que criaram de tantas distorções que colocaram no evangelho de Cristo, transformando-o em um outro evangelho, o evangelho dos evangélicos, e que habita na grande maioria das “i”grejas, e que portanto não quero me associar com mais nada disso.


Então gente boa de Deus, vou continuar, não vou parar...e como já dizia minha vozinha: “os incomodados é que se mudem”.


Vou continuar em minhas denuncias por aqui, não sei se vai adiantar, também não estou preocupado em transformar nada e ninguém, mas fico aqui na defesa de que o evangelho continue sendo o evangelho que o nosso mestre Jesus deixou.


Não gostou do que leu? Vou fazer o que? Posso te dar uma sugestão, vai ler o blog do bi$po, porque lá tem historinha pra boi dormir ou melhor pra evangélico nana!!!


Sempre no caminho


Olavo

9 de nov. de 2009

Eu apoio a (verdadeira) Marcha para Jesus e participo dela




Mais uma passeata do povo evangélico (ou boa parte dele), intitulada Marcha para Jesus, aconteceu na cidade de São Paulo. O evento ocorre todos os anos e é um grande ajuntamento (cada vez maior) de pessoas em torno de celebridades do mundo evangélico. Trata-se de uma passeata-show ou de um show em movimento, com gritos, pulos, danças, música gospel, atos “proféticos”, protestos, mas pouca ou quase nenhuma evangelização.

Antes que algum fã dos organizadores da tal marcha fique bravo, quero que todos os leitores saibam que eu apoio a Marcha para Jesus e até participo dela! Isso mesmo!

Mas é claro que eu não não estou de acordo com passeatas lideradas por enganadores que supervalorizam interesses pessoais, fama e dinheiro. Eu apoio a verdadeira Marcha para Jesus, que prioriza o cumprimento dos mandamentos de Jesus! Eu apoio a Marcha da Evangelização, formada por aqueles que cumprem a Grande Comissão (Mc 16.15; Mt 28.19). Aliás, já pensou se aqueles milhares — milhões, para os ufanistas — de evangélicos que marcharam em São Paulo fossem como os crentes da igreja primitiva (At 8.4), os quais “iam por toda parte anunciando a palavra”?

A Marcha para Jesus, verdadeiramente, não é uma passeata-show, com música, dança, faixas de apoio a “apóstolos” da teologia da prosperidade e do triunfalismo, além de desfile de celebridades do mundo gospel. Não! A Marcha do
Senhor dos Exércitos é formada por soldados de Cristo que pregam diariamente o seu santo evangelho, combatem contra o pecado, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé (Hb 12.1,2).

Estou convencido de que a Marcha para Jesus verdadeira não é composta de pessoas que determinam, decretam, profetizam vitória e se comportam como se quisessem mostrar para todos que são elas as pessoas mais especiais deste mundo. Não! A Marcha para Jesus — a que faz jus a este título —, a despeito de não ser percebida pelos meios de comunicação, é o caminhar diário dos verdadeiros cristãos que pregam a palavra da cruz e perseveram no evangelho de Cristo.

Eu apoio a autêntica Marcha para Jesus e participo diariamente dela, a qual, em resumo, é o caminhar em amor, pela fé, em novidade de vida, dos salvos em Cristo que andam como Ele andou (1 Jo 2.6). Sim, graças a Deus, eu faço parte desse grande exército que, à semelhança do Senhor, está fazendo o bem, porque Deus é com ele (At 10.38).

Em Cristo,

Ciro Sanches Zibordi

Fonte: http://cirozibordi.blogspot.com
4 de nov. de 2009

Um dia na marcha para Gezuis

A imagem acima é do que restou de uma das duas faixas que foram estendidas durante a Marcha para Gezuiz. Terminou o dia rasgada, manchada, amassada, mas cumpriu o seu papel para a glória do Senhor.

Vamos ao início, senta que lá vem a história deste dia! (desculpem-me pela falta de fotos e de qualidade dos vídeos, mas minha câmera digital ainda está sob o impacto da “unchão” da Expomamom e não funcionou de novo hoje).

A primeira grande batalha contra os gigantes aconteceu na estação de metrô Sé, onde embarcamos rumo ao metrô Tiradentes. Parecia o apocalipse!!! A estação lotada como nunca vi, além do grito de guerra ensurdecedor dos fiéis, a maioria jovens, mas também muitas crianças – inclusive de colo. Na hora de embarcar no vagão não houve escolha, fomos literalmente empurrados para dentro. Todo o mundo queria entrar junto e ao mesmo tempo, parece que ninguém conhecia aquela lei da física onde dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Enfim entramos, mas ainda restava sair de lá.

http://www.youtube.com/watch?v=rYC42vyQzag (o inferno no Metrô)

A saída do vagão foi outra luta. Também fomos empurrados para fora (se alguém caísse com certeza seria pisoteado sem dó), e ouvi de um senhor idoso uma frase que expressou bem tudo aquilo: “Quanta selvageria!”

Subir a escada e chegar até as catracas foi mais uma luta, e sair para fora da estação só pela misericórdia. Mas saímos, e lá fora nos encontramos com os outros protestantes: o Júlio Cesar, a Maíra, o Diogo (que deixou sua filhinha recém-nascida e sua esposa na maternidade para participar), o Vitor Cid, o Laudinei e o Pablo (que filmou todo o movimento, fazendo entrevistas, e que editará tudo num documentário que disponibilizará ainda nessa semana). No total, éramos 8 contra um exército de cerca de 1,5 milhão de pessoas.

Estávamos na “concentração” da Marcha. De um lado, o trio-elétrico do Apóstolo Hernandes, com figuras como o Senador Crivella, o Pr. Marco Feliciano e o Pr. Jabes de Alencar. Do outro, uma van da Rede Gospel. E onde estávamos, uma equipe da Rede Gospel filmando os fiéis. Claro, estendemos nossa faixa bem na frente da filmagem, e isso suscitou gritos de “vocês são da Globo?”, “fora Rede Globo”, e vários braços levantados no intuito de esconder a faixa. Já estávamos incomodando.

http://www.youtube.com/watch?v=YgVL1wXqqAI

E a Marcha começou. Ficamos estrategicamente esperando a passagem do primeiro trio, o dos Hernandes. Foi lindo ver o Apóstolo olhando fixamente para nossas faixas e o cartaz do Júlio (vai ver, a princípio pensou que fosse alguma expressão de puxa-saquismo), e depois se voltar para o resto da multidão. Não só o Apóstolo, mas todos do trio puderam ler as faixas. E passamos a marchar atrás do trio-elétrico, em meio à multidão.

http://www.youtube.com/watch?v=EIVzRbRbKOU

Durante a caminhada recebemos manifestações de todos os tipos. Meu marido ganhou uma rasteira gospel, jogaram água na gente, jogaram garrafas que acertaram as faixas e as rasgaram, porém sem grandes danos. Pensei que fôssemos receber sapatadas, mas os mais apostólicos não foram tão doidos assim.

http://www.youtube.com/watch?v=Bd_RE6vPDXU

Uma das situações mais inusitadas aconteceu com o Diogo. Como já disse, ele é “recém-papai”. Não é que lançaram contra ele uma frauda, e USADA???? Gente, foi um ato profético!!! Sorte que o Diogo estava esperto, senão voltaria com outras marcas do evento.

Também recebemos muitas manifestações de apoio. Um rapaz perguntou onde poderia comprar a camiseta, pessoas vieram nos parabenizar pelas frases e pelo protesto. Por incrível que pareça, havia vida pensante naquele lugar.

http://www.youtube.com/watch?v=__mNm_sd0Qo

Já havíamos andado por volta de 1:30h, quando nosso grupo se dividiu por conta das entrevistas que o Pablo estava fazendo. Quem estava na frente parou num canto da rua até que os demais chegassem. Santa providência!!! Era um local onde havia um canteiro cheio de terra, um lugar mais alto. Subimos nesse canteiro e estendemos nossas faixas, e de lá toda a Marcha pode nos ver, tipo desfile de escola de samba passando na frente da comissão julgadora (o exemplo parece estranho mas não é, as músicas que tocavam na Marcha iam do sambão ao axé-quase-funk-gospel). E aí a coisa pegou.

Depois do trio dos Hernandes, passou um segundo trio. Esse tinha um bispo da Renascer no microfone. Quando ele passou por nós, leu nossa faixa: “Voltemos ao Evangelho puro e simples”, mas não leu a segunda frase (o $how tem que parar) por motivos óbvios. Esse trio passou no clima de oba-oba, mas as pessoas que vinham atrás começaram as manifestações contrárias, com longas vaias à nossa atitude.

O terceiro trio a passar, quando leu nossas faixas, ficou indignado!!! “Quem tá fazendo $how aqui? Que $how que nada!”. E puxou o grito de guerra contra nós, repetido por todos os marchadores: “fariseu, fariseu, fariseu”. Os apostólicos mais exaltados jogaram mais água na gente, o que agradecíamos de coração, pois o calor estava insuportável – o sol estava a pino e nossas camisetas pretas não ajudavam nem um pouco. Os gritos iam mudando com o passar do tempo: “uuuuhhhhh!”, “ih, fora! Ih, fora!”, “vão fazer a marcha de vocês”, “seus hereges”. Tivemos componentes chamados de “Judas” e de tudo quanto é nome.

Passaram o quarto, quinto, sexto trios, e as manifestações contrárias se repetindo. Uma mulher gritou “nós somos do dinheiro mesmo!”. Uma bispa num trio-elétrico disse para rasgarem as faixas, mas alguém do lado dela fez sinal para que não fizessem isso. Teve gente inclusive que se indignava quando lia o versículo em nossa camiseta, como se aquilo não existisse na Bíblia deles. Mas houve também quem concordasse conosco – até tiraram foto com a gente. Algumas pessoas vieram conversar, interessados no movimento. Não só nós achamos que o $how tem que parar.

Também fomos abordados por veículos de imprensa. Repórteres da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo entrevistaram integrantes do protesto. Éramos apenas 8, mas Deus não nos fez invisíveis naquele lugar.

Enfim, toda a multidão passou por nós. Nossas camisetas foram muito fotografadas, mas também fomos bastante insultados. Particularmente eu estava muito feliz e triste ao mesmo tempo: feliz pela oportunidade que Deus me deu de estar ali com os irmãos, defendendo o Evangelho de Cristo; triste por ver uma multidão tão grande de pessoas, que se acham salvas por terem um dia confessado Jesus como seu Senhor e Salvador, mas que O trocam, por ignorância ou mesmo ambição, pelos ídolos de pedra e de carne e osso, que se alternariam em discursos no palco final da Marcha. Não fomos lá, pois consideramos que poderia soar como uma provocação da nossa parte, e em meio à multidão ninguém sabe o que poderia ocorrer.

Mas glória a Deus, pois a missão foi cumprida. Sinceramente não esperávamos nem metade da repercussão que o movimento obteve, e por isso glorificamos sinceramente a Deus por nos ter colocado naquele lugar. Sabemos que muitos dos que nos insultaram o fizeram por terem lido as mensagens das faixas e das camisetas, e sabemos também que no tempo certo o Espírito Santo de Deus trará essas mensagens à memória e os levará a buscarem e a compreenderem a verdade do Evangelho de Cristo. Infelizmente isso não acontecerá com todos, afinal a porta é estreita e as vantagens desse mundo seduzem muitos corações, mas aqueles que estão no engano por ignorância, esses serão trazidos à luz pelo Senhor.

Sinceramente? É muito bom servir a Deus, mesmo que isso signifique ser odiado pelos homens. Como diria o Apóstolo (de verdade) Pedro:

Mais importa obedecer a Deus do que aos homens. – At 5.29

Fonte:http://estrangeira.wordpress.com/

3 de nov. de 2009

CONVITE À ALMA

Pois que cada homem é filósofo do seu tempo.
Nélida Piñon

Eu digo: calma, alma minha, calminha, você tem muito que aprender.
Zeca Baleiro

Hoje quero fazer um convite a minha alma. Convido-a a ser minha parceira no ofício da leveza. Deixar de ser uma alma queixosa e indolente. Uma alma que deixou de se aquietar com porção do dia e que nunca parece estar satisfeita.
Alma, você está faminta de quê, afinal? Você está sempre indócil pensando no “se”, nas preocupações que talvez jamais aconteçam, no amanhã que ainda não chegou, em um passado permeado de mágoas.

Quero convidá-la a ser minha parceira em viver o presente de forma plena, minuto a minuto. Porque só cada dia vencido nos habilita a viver o próximo.
Alma minha, o que você tem na sua bagagem que se tornou tão grande e pesado? Vamos fazer um balanço sincero do que existe nas malas e bolsas dessa viagem que juntas fazemos há tanto tempo. Por que não se desfazer de papéis velhos e notinhas acumuladas sem importância, já desbotados e ilegíveis, listas das dívidas a cobrar de gente que ficou lá atrás?


Perdoe, alma minha. O peso excessivo da mochila faz com que você, minha pequena alma, ande encurvada e envelhecida. É hora de se tornar mais leve e flexivel.

Vamos combinar assim. Que tal viver a plenitude do presente, com recato, amor, coragem, ternura e compaixão? Quando ouvir, ouça – não pense nas respostas que tem de dar.Não tenha vergonha de dizer “não sei”. Não saber é próprio da nossa humanidade.


Quanto perder verdadeiramente alguém, sinta a dor. Quando chorar, chore – não diga a si mesma, alma minha, para parar enquanto as lágrimas não secarem de vez. Alguém disse que é mister chorar quando os fatos exijam lágrimas. Mesmo os nossos lutos precisam se esgotar, precisam encerrar o ciclo das fases da dor até a mais perfeita aquietação, como aquele constructo da psicologia: choque, negação, raiva, barganha, depressão, aceitação e esperança.


Pular fases é mera ilusão: elas voltam, cedo ou tarde, para reclamarem seu espaço.
Alma, convido-a a deixar o medo. Não me constranja a renunciar ao privilégio da aventura de estar viva. A despeito dos perigos que nos ameaçam, o simples ato de beliscar a própria carne e de constatar como o corpo reage representa uma graça sempre renovada. Talvez seja por isso que um sentimento misto de vergonha e surpresa nos sobrevenha ao constatarmos que pessoas desprovidas daquilo que julgamos essencial consigam viver em plenitude. Você não precisa, minha alma, de arranjar desculpas para explicar o sorriso que permanece no rosto dos desprovidos . De alguma forma, eles aprenderam, bem antes de nós, que o sonhar é uma graça de proporções tão exageradas que é necessário atribuí-lo a Deus, empenhado em pessoa em amparar o homem, criatura e obra sua.


É isso, minha alma. Não aparente o que não é, não exiba o que não tem, não ostente um valor que desconhece.A partir de agora não desejo mais descuidar-me de você, alma pequena. Sejamos leves, e na leveza estará a nossa força. Eu a convido.

Helena Beatriz Pacitti, inverno de 2009

Fonte: http://fabiopereira.wordpress.com/

28 de out. de 2009

O DIABO E O INFERNO - Colaboradores da "santidade" da igreja de hoje?




MANOEL SILVA FILHO


Como pode personagens hediondos e tão indesejados, habitantes dos bastidores sombrios das regiões espirituais do mal, se tornarem coadjuvantes do culto e da santidade da maioria das igrejas da atualidade?

É difícil de acreditar, mas quando duas retas aparentemente paralelas se inclinam levemente em seu vértice, é possível que em um ponto distante elas se tanjam e se toquem inevitavelmente.

Não nos enganemos. A persuasão do Espírito Santo, o constrangimento da graça escandalosa, e a força irresistível do discipulado de Jesus, o cristianismo sem religiosidade, sem igrejismo e sem legalismo, adicionado a proposta de uma vida cristã relevante, marcada pela liberdade consciente são bênçãos garantidas pela Palavra de Deus e levam o cristão a buscar uma vida melhor, de santidade e utilidade no Reino. Esses são temas que normalmente deveriam constar nos sermões pregados nas igrejas de hoje.

Mas infelizmente na prática, não são esses os elementos fundamentais que promovem a busca de uma vida de santidade por parte dos freqüentadores da maioria das igrejas dos nossos tempos.

Pasmem e confirmem. O medo obsessivo do diabo e de suas manifestações, o pavor de suas retaliações, as terríveis ameaças sobre quem revela fraquezas sexuais ou de qualquer tipo, a doutrina dualista de causa e efeito, Deus severo, punições severas, pecou, levou, e o pavor irracional de ir para o inferno são os principais temas mais utilizados em mensagens e sermões intimidadores pregados na igreja e através da TV. Isso nos leva a crer que estamos vivenciando hoje, uma total inversão de valores.

Conversando essa semana com uma pessoa no msn, ela me falou que ao revelar que estava fazendo jejum em solidariedade a uma amiga que estava passando por uma situação muito difícil, a própria amiga a alertou apavorada a não fazer isso: “Não faça isso! Você não pode jejuar, por que se você jejuar, o Diabo vem com tudo e te pega!”.

Essa ambiência de medo do inimigo é muito comum nas igrejas de hoje. Nesses ajuntamentos não se fala de outra coisa! O resultado é que em vez do cristão estar na vanguarda, vive entrincheirado na retaguarda. Em vez de estar na linha de frente, está escorado, na última fileira. Na igreja, pisa a cabeça de tudo que é demônio, entretanto, individualmente, quando se vê lá fora, está sempre oprimido e derrotado diante do mínimo confronto.

O salmo 23 e sua teologia sobre batalha espiritual, nos pondo à mesa do banquete na presença do Rei, recebendo óleo perfumado da alegria na cabeça e tendo a taça do vinho da liberdade sempre cheia, estando os inimigos à distância, nos espreitando, mas imobilizados pela palavra do rei, são doutrinas estranhas a esses pregadores terroristas que impingem medo e terror no meio da congregação.

Se fosse proclamado a uma multidão incontável que freqüenta igreja hoje que não existe mais Inferno e o diabo nada mais é que um mito, que tudo isso foi um arrematado equivoco dos teólogos, uma grande e expressiva maioria abandonaria a igreja na hora! Porque as pessoas lotam as igrejas, não por amarem a Jesus como fruto de O conhecerem como amigo de caminhada, não por constrangimento do coração, mas por interesse egoísta em busca de bênçãos, prosperidade financeira, para se livrarem das dívidas, ou por medo de serem presa fácil do inimigo, e conseqüentemente o pavor de ir pro inferno.

Parte disso é culpa dos líderes que não equipam seus membros para terem um relacionamento vital com Jesus, o que mudaria radicalmente a face da história da igreja atual, por que é o amor incondicional, o quebrantamento individual e o poder do ES operando de dentro para fora que gera uma vida de santidade, como resultado da simbiose desse relacionamento. E o respeito à individualidade e as diferenças, os esteios que estabilizam a construção dessa igreja.

Fora isso, é imposição de regras, e isso, diz Paulo, por mais que alguém se esforce, e tente viver um rigor ascético do não pode isso não pode aquilo, não tem valor algum contra a sensualidade, embora tente levar na íntegra, o que Davi falou de desejar morar todos os dias na casa do Senhor! Quanto mais ora como regra, jejue como obrigação, vigie como dever, mais desapontamento e frustração! Esse tipo cristianismo desaba mais cedo ou mais tarde, como frágil castelo de cartas. Por que não vem da espontaneidade do coração e sim da determinação da liderança da igreja.

A poderosa mensagem das Boas Novas do Evangelho é que você pode viver sem essas peias, sem as regras que te fazem um número estatístico, e pular da esteira de soldadinhos de chumbo para viver o Evangelho da liberdade consciente. Aquele que Jesus pregou e viveu. E por isso que essa igreja baseada em regras está fadada à bancarrota, pois está diametralmente longe do ideal do que Jesus planejou sobre Sua igreja.


19 de out. de 2009

EU TENHO FÉ?


Essa foi a pergunta que me fiz hoje? Talvez você esteja se perguntando, porque ele está se perguntando isso? E eu posso te responder, que se fé é o que leio na biblia então 99,99% do que eu pensava conhecer sobre fé, não conheço.


Jesus disse em MATEUS 17:20 “E Jesus lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível”. Se com essa fé que Cristo nos falou, removemos montanhas, e nada nos será impossível, apenas falando, apenas declarando, então fica claro pra mim, que está fé eu não a conheço e se esta fé exista em mim, mesmo sem eu a conhecer, devo ter pouquíssima dela, e provavelmente muitas vezes menor do que um grão de mostarda.


Que o digam as montanhas e os impossíveis que já enfrentei, e que nunca saíram do mesmo lugar...e olha que por várias vezes já declarei em voz alta, voz baixa, de joelho, sentando, em pé, em jejum, com oferta no altar (vixe ai que as coisas pioraram), não teve jeito, tudo continuava do mesmo jeito...a não ser no dia que o Todo Poderoso quis que fosse diferente, quis que eu vivesse algum tipo de milagre, mas mesmo assim nunca teve montanha nenhuma mudando de endereço com minhas declarações, e isso também nunca aconteceu, nem nos tempos em que o filho Dele (Jesus) andou nessas bandas de cá. Pelo menos aqueles que o acompanharam durante sua caminhada nesta terra, não deixaram escrito.


Os religiosos e teólogos de plantão que me desculpem, pela minha “tão pouca fé”, nestes acontecimentos extraordinários, chamados milagres, que acontecem apenas pelo meu simples “profetizar” ou por algum “ato profético”, que agora sei que essa fé, eu não a conheço mesmo, e vão citar um monte de versículos bíblicos, para me convencer (se é que eles existem), o que eles (religiosos e teólogos), nunca conseguiram viver, ou alguém ai já transportou uma montanha de um lado para outro? Mas eu louvo a Deus, pelo menos sobrou em mim 0,01% de fé no filho de Dele, então descansem gente de Deus, não sou ateu.


É nesta fé no filho de Deus, que eu descanso, sabendo que no dia e na hora que Ele bem quiser, Ele fará em mim e por mim, tudo o que Ele bem quiser, se é que Ele quer?


Sempre no caminho...


Olavo

14 de out. de 2009

NÃO VOLTO MAIS...


Não volto mais...

Bom pessoal aqueles que já conhecem minha historia, o que vou dizer, já é repetitivo, mas para aqueles que ainda não a conhecem, para que se entenda o que vou escrever e mostrar, será necessário repeti-la.

Durante dez anos de minha vida, fiz parte da “I”greja Renascer em Cristo, e durante todo esse tempo, cheguei a ser Bispo naquela instituição, foi um tempo em que nem tudo foi ruim, teve a parte boa...qual? A parte boa foram alguns bons amigos que fiz lá...e foi só...acreditem...

Mas já se passaram quase dois anos que sai de lá, e neste tempo tenho vivido o simples caminhar no caminho que é Cristo, e durante todo esse tempo, tenho alertado através de meus blogs, no começo o blog olavoferreira.blogspot.com (Caminho), e agora neste que você lê esse artigo (Pensador Compulsivo), que a maioria das “i”grejas abertas e chamadas de evangélicas, estão muito distantes do Evangelho de Cristo e alerto as pessoas, a pensarem melhor em freqüentar esses lugares.

E veja pra minha surpresa, ainda estou configurando como “bispo” de dessa “i”greja, que como disse “já me desliguei”, porque não acredito mais nesse sistema religioso.

E cheguei a seguinte conclusão, ou eles “i”greja, tem uma grande esperança na minha volta a aquela instituição, e até consigo ouvir em minha mente aquela canção “volta logo, aqui sempre foi teu lugar...”, ou é pura desorganização, porque já vão fazer dois anos do meu desligamento.

Mas quero dizer aqui para aqueles que ainda tem esperança na minha volta...

não volto mais a instituição...

não volto mais a escravidão ministerial...

não volto mais ao abuso de poder...

não volto mais a ser enganado e nem enganar ninguém...

não volto mais as campanhas, votos, ofertas sem fim...

não volto mais ao outro evangelho, que não é o evangelho de Cristo...

E não volto, porque encontrei verdadeiramente o caminho, a verdade e a vida, e Nele posso viver, o que durante dez anos não pude viver, a vida.

O link tá ai pra quem quiser conferir...após clicar, selecione o estado de São Paulo, depois cidade Araçatuba e depois Centro...pronto agora é só clicar em cima de meu nome Bp Olavo e Pra Márcia.

http://www.igospel.org.br/2009/principal/pg_buscaigreja.html

Sempre no caminho...

Ops...só pra lembrar...Não volto mais...risos...

Olavo

10 de out. de 2009

SOB NOVA DIREÇÃO




Outro dia passeando com minha familia, vi uma lanchonete na qual iamos sempre comer lanches, com uma faixa escrita "SOB NOVA DIREÇÃO"...É claro que não quero falar da lanchonete...mas isso me chamou atenção para minha propria vida.

Está complentando um ano, que me desliguei de uma instituição, onde fiquei por longos dez anos, muito tempo...sendo formado, discipulado e dirigido por um evangelho totalmente desviado das verdades do evangelho de Cristo.
E o incrivel é que acostumamos, porque o ser humano, e isto está provado cientificamente, é capaz de se acostumar com as coisas mais terriveis e sobrehumanas, que se tem noticia.
E eu me acostumei, em ser guiado e dirigido, por coisas terriveis, e o pior é que arrastei toda minha casa junto comigo.

Hoje lembro-me, por exemplo em fazer pedágios (forma de coletar dinheiro na rua), era uma loucura, até minha esposa com um bebe ainda de colo, ia comigo para esses pedágios, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...

E ai eu pergunto que "direção" era esta?

Me lembro também, em fazer desafios (forma de coletar dinheiro dentro da instituição), desafios esses que eram grotescos, porque muitas vezes até passei e fiz minha familia passar por necessidades, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...

E ai outra vez, pergunto que "direção" era esta?

Me lembro também, dos dias de cultos, eram reuniões todos os dias da semana, alguns dias haviam até três reuniões, passava mais horas e dias na instituição, do que com a minha esposa e filhos, não tinha tempo para familia, amigos, diversão, cultura, porque conforme aprendia: Isto era obra do Senhor...
E ai outra vez, pergunto que "direção" era esta?

E hoje posso responder com toda certeza, esta era a "direção", de quem sabe manipular, isto é sim a vampirização do evangelho, isto é direção de quem quer pra si e não pro reino de Deus, gente que quer ter controle total sobre as pessoas.
Hoje consigo enxergar com toda clareza, e vejo como fui mal dirigido...
Alias como me deixei ser dirigido por tais pessoas...

Hoje graças a Deus, estou com uma placa enorme na minha vida que diz "SOB NOVA DIREÇÃO"...agora não mais de homens ou instituições, agora somente sendo dirigido pelo evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E garanto, como isso é bom...tirou um peso, um fardo, hoje a vida é mais leve, hoje posso refletir do que realmente significa o Evangelho de Jesus.
Hoje vivo o total desapego do ter, para simplesmente ser...ser pai, marido, filho, irmão, amigo, ser gente...e como é bom isso...

Vejo tantas pessoas ainda neste martirio religioso, tantas pessoas que se deixaram e se deixam ser dirigidas por instituições e lideres fraudulentos, que a única coisa que me resta a fazer, é pedir ao Senhor da seara, ajude eles, dê luz a eles...
E quem sabe um dia, assim como eu, todos esses vão pendurar uma placa bem grande na vida deles "SOB NOVA DIREÇÃO".

Olavo Jr
8 de out. de 2009

FILÃO RELIGIOSO


Ricardo Gondim

As Casas Bahia disputam o mesmo mercado que a Magazine Luiza. As duas lojas se engalfinham para abocanhar o filão dos eletrodomésticos, guarda-roupas de madeira aglomerada e camas de esponja fina. Buscam conquistar assalariados, serralheiros, aposentados e garis. Em seus comercias, o preço da geladeira aparece em caracteres pequenos, enquanto o valor da prestação explode gigante na tela da televisão. A patuléia calcula. Não importa o número de meses, se couber no orçamento, uma das duas, Bahia ou Luiza, fecha o negócio - o juro embutido deve ser um dos maiores do mundo.

Toda noite, entre oito e dez horas, a mesma lengalenga se repete nos programas evangélicos. Pelo menos quatro “ministérios” concorrem em outro mercado: o religioso. Todos caçam clientes que sustentem, em ordem de prioridade, os empreendimentos expansionistas, as ilusões messiânicas e o estilo de vida nababesco dos líderes. Assim, cada programa oferece milagres e todos calçam suas promessas com testemunhos de gente que jura ter sido brindada pelo divino. Deus lhes teria abençoado com uma vida sem sufoco. Infelizmente, o preço do produto religioso nunca é explicitado. Alardeia-se apenas a espetacular maravilha.

Considerando que a rádio também divulga prodígios a granel, como um cliente religioso pode optar? Para preferir uma igreja, precisa distinguir sobre qual missionário, apóstolo, pastor ou evangelista, Deus apontou o dedo. E se tiver uma filha com leucemia aguda, não pode errar. Ao apelar para uma igreja com pouco poder, perde a filha.

O correto seria freqüentar todas. Mas como? Em nenhuma dessas igrejas televisivas o milagre é gratuito ou instantâneo. As letrinhas, que não aparecem na parte de baixo do vídeo, afirmariam que, por mais “ungido” que for o missionário, um monte de exigência vem embutida na promessa da bênção. É preciso ser constante nos cultos por várias semanas, contribuir financeiramente para que a obra de Deus continue e, ainda, manter-se corretíssimo. Um deslize mínimo impede o Todo Poderoso de operar; qualquer dúvida é considerada uma falta de fé, que mata a possibilidade do milagre.

Lojas de eletrodoméstico vendem eletrodoméstico, óbvio. Igrejas evangélicas comercializam a idéia de que agenciam o favor divino com exclusividade. E por esse serviço, cobram caro, muito caro. Afinal de contas, um produto celestial não pode ser considerado de quarta categoria. A “Brastemp” espiritual que os teleevangelistas oferecem vem do céu.

O acesso ao milagre se complica, porque todos mercadejam o mesmo produto. Os critérios de escolha se reduzem a prazo de entrega, conforto e garantia.

Opa, quase esqueci! As lojas, em conformidade com o Código do Consumidor, são obrigadas a dar garantia, mas as igrejas evangélicas não dão garantia alguma. O cliente nunca tem razão. Quando a filha morrer de leucemia, o pai, além de enlutado, será responsabilizado pela perda. Vai ter que escutar que a menina morreu porque ele “deu brecha” para o diabo, não foi fiel ou não teve fé.

Mercadologicamente, Casas Bahia e Magazine Luiza estão bem à frente das igrejas. Melhor assim, geladeira nova é bem mais útil do que a ilusão do milagre.

Soli Deo Gloria.

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